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Home»Saúde»Alergia à Proteína do Leite de Vaca: o que é mito e o que é verdade?
Saúde

Alergia à Proteína do Leite de Vaca: o que é mito e o que é verdade?

By Redação Circulando News12/08/2025Nenhum comentário6 Mins Read
Alergia à Proteína do Leite de Vaca: o que é mito e o que é verdade
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O diagnóstico ou a suspeita de uma alergia alimentar em um filho traz consigo incerteza para qualquer família em um primeiro momento. Navegar pelo universo da alimentação infantil, já repleto de conselhos e opiniões, torna-se uma tarefa ainda mais complexa e, dessa forma, contar com informações incorretas ou desatualizadas, frequentemente disseminadas em redes sociais, podem gerar medo e levar a práticas inadequadas.

O conhecimento é a ferramenta mais poderosa para garantir a segurança e a tranquilidade. Portanto, fundamentar-se nas diretrizes mais recentes de entidades como a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), desvenda os principais mitos e verdades sobre a APLV e oferece orientação prática para que sua família possa tomar decisões conscientes e seguras.

A diferença crucial entre alergia e intolerância

Um dos pontos de partida mais importantes para a discussão é esclarecer a confusão comum e perigosa entre Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV) e intolerância à lactose. Embora ambos possam causar desconforto gastrointestinal, são condições fundamentalmente diferentes.

A APLV é uma reação do sistema imunológico às proteínas do leite. Já a intolerância à lactose é um problema puramente digestivo, causado pela dificuldade em digerir a lactose, o açúcar do leite. Por isso, um produto rotulado como “sem lactose” não é seguro para uma criança com APLV, pois ele ainda contém as proteínas que causam a alergia.

O mito perigoso de atrasar a introdução de alimentos

Ainda é comum ouvir o conselho de que, para proteger uma criança, o ideal é atrasar ao máximo a oferta de alimentos potencialmente alergênicos, como ovo e amendoim. Este é um mito antigo que a ciência moderna já derrubou.

As evidências atuais mostram o oposto: existe uma “janela imunológica”, por volta dos 6 meses, em que o sistema imune do bebê está mais propenso a aprender a tolerar novos alimentos. A recomendação da SBP e de outras entidades médicas internacionais é introduzir esses alimentos (em formas seguras, como pasta ou farinha), com os outros, pois isso pode reduzir o risco de a criança desenvolver alergias a eles no futuro.

A confusão sobre a dieta materna na amamentação

Muitas mães que amamentam se sentem ansiosas sobre sua própria dieta, acreditando que precisam cortar vários alimentos para proteger o bebê. A verdade, segundo as diretrizes da SBP, é que não há evidências que justifiquem uma dieta materna restritiva para a prevenção de alergias. A recomendação é que a lactante mantenha uma alimentação normal e variada.

A dieta de exclusão para a mãe só é indicada como forma de tratamento, sob orientação médica, quando o bebê já foi diagnosticado com uma alergia e apresenta sintomas através do leite materno.

Leite de cabra é uma alternativa segura para bebês com APLV?

Esse é um mito comum e perigoso. Muitos acreditam que leites de outros mamíferos, como o de cabra ou ovelha, seriam alternativas seguras para bebês com alergia à proteína do leite de vaca (APLV).

No entanto, a realidade é outra: mais de 90% das crianças com APLV também reagem a esses leites, devido a um fenômeno conhecido como reatividade cruzada, quando o sistema imunológico reconhece proteínas semelhantes entre diferentes tipos de leite animal.

A verdade sobre os exames e o diagnóstico médico

Um erro comum é acreditar que um exame de sangue positivo confirma, por si só, a presença de APLV. Na realidade, o diagnóstico da alergia à proteína do leite de vaca deve ser feito com base em um conjunto de evidências clínicas, que inclui a avaliação dos sintomas, o histórico alimentar do bebê e, quando necessário, testes laboratoriais complementares.

Exames como o de IgE específica ou prick test (teste cutâneo) podem ajudar no diagnóstico — principalmente nos casos de reações imediatas —, mas não são conclusivos isoladamente. Em muitos casos, especialmente nas reações não mediadas por IgE, os exames podem vir negativos mesmo com a presença de sintomas.

Por isso, é essencial que o diagnóstico seja sempre conduzido por um(a) médico(a) especializado(a), com base em critérios clínicos, eventualmente incluindo testes de exclusão e reintrodução alimentar controlada.

A jornada de uma família que convive com a alergia alimentar é cheia de aprendizados — mas a desinformação não precisa ser um obstáculo. Hoje, a ciência oferece um caminho claro: quando bem compreendido, ele substitui a insegurança por confiança e transforma o medo em ação consciente.

Nesse cenário, a parceria com o pediatra e o alergista é fundamental. Com informação atualizada e livre de mitos, os pais se tornam aliados ativos no cuidado, observando sinais, registrando reações e colaborando para um diagnóstico mais preciso e um plano de tratamento eficaz.

Ao romper com os mitos e confiar no conhecimento científico, a família se fortalece. A alimentação deixa de ser fonte de medo e se transforma em um espaço de cuidado, atenção e afeto, permitindo que a criança cresça com saúde, segurança e uma relação positiva com os alimentos.

Referências:

SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA (SBP). SBP lança documento científico para ajudar na prevenção e tratamento de doenças alérgicas. 15 jan. 2019. Disponível em: https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/sbp-lanca-documento-cientifico-para-ajudar-na-prevencao-e-tratamento-de-doencas-alergicas/.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ALERGIA E IMUNOLOGIA (ASBAI); SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA (SBP). Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar: 2018 – Parte II – Diagnóstico, tratamento e prevenção. Documento conjunto. Arquivos de Asma, Alergia e Imunologia, v. 2, n. 2, p. 89-124, 2018.

BOYCE, J. A. et al. Guidelines for the Diagnosis and Management of Food Allergy in the United States: Report of the NIAID-Sponsored Expert Panel. The Journal of Allergy and Clinical Immunology, v. 126, n. 6, supl., p. S1-S58, dez. 2010.

FIOCCHI, A. et al. World Allergy Organization (WAO) Diagnosis and Rationale for Action against Cow’s Milk Allergy (DRACMA) Guidelines. World Allergy Organization Journal, v. 3, n. 4, p. 57-161, abr. 2010.

PRESCOTT, S. L. et al. A global survey of changing patterns of food allergy burden in children. World Allergy Organization Journal, v. 6, n. 1, p. 21, 2013.

SOLÉ, D. et al. Guia prático de diagnóstico e tratamento da Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV) mediada e não mediada pela Imunoglobulina E. Documento conjunto da Sociedade Brasileira de Pediatria e Associação Brasileira de Alergia e Imunologia. Arquivos de Asma, Alergia e Imunologia, v. 1, n. 2, p. 1-20, 2017.

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